terça-feira, 1 de outubro de 2013

Senhor: Olhos em mim, sou eu falando

Cada aula é mais um ato
Olhos atentos, olhos em mim
Estuda o roteiro como um bom professor
Ensina em seu palco a história de ser um ator.

Ator de palavras, palavras passadas
de boca em bocas, diversas risadas.
Eterno amor pela verdade
dividido em muitas e belas aulas
Que de tão envolventes, prendem à todos
À tais histórias dessas gentes, seres selvagens
 Esse mundo tão paradoxal, que só ele tem.

Envolve tanto, que se torna influência
Presenciando as novas artes
Contagiando as novas mentes
E, no entanto,
Apenas um homem, por trás de grossas lentes
Visualizando os cenários
Trabalhando, mas contente.

É sabedoria escondida no seu belo disfarce
De apenas um cidadão normal.
Que se cansa da vida, de hoje,
E produz viagens à tão antigos ontens
Paga-as em horas sem dormir
E se depara com o lucro embutido nessas caras
pedindo passagem pra irem - ao banheiro - sorrir.

Então,
Senhor, olhos em mim, sou eu falando:
As histórias que tu contas, agora nós contamos
Viver é como o cais de pedra
Chove ilusão, parte junto com a água
Mas o que fica, a tal saudade, nossa vontade de chorar.
Mas e se chora? senta e canta, e lembra da nossa bronca:
Afinal, você só pode ficar triste uma vez por semana.

Gabriel Miranda e Julia Mestre ( http://poesiasmestre.blogspot.com.br/ )

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