domingo, 27 de outubro de 2013

A minha prova de vida

Os meus vícios me mostram
O caminho curto
Que a vida insiste
Em nos levar

Prazeres efêmeros
Me fazem a cabeça
A cabeça, fazem
Pensar nessa vida

Que és nova, és nítida,
Eu já via nos sonhos
Os monstros, terríveis em noites de 

pesadelos e choros

E de tão frequentes os sonhos
fazem medos inconsientes
já pensamentos tão sonâmbulos e leves,
tão breves, os sonhos

Só se dilatam no momento
Exato em que os olhos se encolhem
E esse medo do escuro então vaza
em lindas lágrimas avermelhadas.

E eu o deixo me levar, prazer
Pois mesmo que seu recheio tenha dor
A dor não é algo de todo
Ruim pra se viver

Então não vou nem assoprar
E vou deixar a cinza cair solitária
E o ar puxado, o gosto, o trago, a fumaça:
São as minhas legítimas provas de vida.

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