Esse seu medo de amar
Te prende na tristeza
Te exclui das novas experiências
Que estão loucas de amor
Amor que se foi
Foi morar noutro lugar
Não quer levar-te consigo
Deixe ele ir, e também vá
Vá, que sei que sabes
Voar, sempre foi uma vontade
Vai embora com a fumaça
Que tens medo de tragar
Mas não
Esse tão condensado coração
Sofre até as horas frias de uma noite
A, fumaça que arranha, que quase mata:
Por que não
Vens com sabor de liberdade?
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Compositor de destinos
Toca mais essa música
Que em instantes compôs.
Palavras impulsivamente pensadas
Por esse coração de ingenuidade
Suspensa na coragem
De saber que tens a arte
De conhecer suas vontades
De se expor à poesias
Me leva ao delírio
Quando, com seu sorriso amigo,
Um violão faz gritar
Que a arte está bem aqui
No meio de toda essa nossa
gente.
Que em instantes compôs.
Palavras impulsivamente pensadas
Por esse coração de ingenuidade
Suspensa na coragem
De saber que tens a arte
De conhecer suas vontades
De se expor à poesias
Me leva ao delírio
Quando, com seu sorriso amigo,
Um violão faz gritar
Que a arte está bem aqui
No meio de toda essa nossa
gente.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Esses sonhos, esses sons
Pensamentos são tão fortes
Que sem ver, estou falando:
Sons tão baixos, confusão
Desses lábios molhados
O encaixe perfeito
Pra minhas dores;
Os meus beijos;
Nessa pele gelada
De quem nunca mais está.
A única que ouve
Mensagens distintas
-talvez até lindas
Que nem mesmo sei.
Mas sei que eu falo
Dos belos retratos
Que me vem nesses sonhos;
Que vem dos vestígios
Que vem das memórias
Que guardei; por você.
Que sem ver, estou falando:
Sons tão baixos, confusão
Desses lábios molhados
O encaixe perfeito
Pra minhas dores;
Os meus beijos;
Nessa pele gelada
De quem nunca mais está.
A única que ouve
Mensagens distintas
-talvez até lindas
Que nem mesmo sei.
Mas sei que eu falo
Dos belos retratos
Que me vem nesses sonhos;
Que vem dos vestígios
Que vem das memórias
Que guardei; por você.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Confusões de um observador
Sentado na beira
Da minha futura varanda
Esperando a vida
Passar com alguma
Vida nova.
Olhando as pessoas
Que andam sem ritmo
- pois perdem a trilha-
Olhando a mesmice
De todos os prédios, idênticos
Buzinas me azucrinam
Me atentam à alguém
Que passa - me procura?
Ou que não passa
De um Zé Ninguém
Ninguém que valha
Meros esforços
Físicos ou mentais.
Desgaste que vem
Com um piscar de olhos.
Que entregam aos céus
Suas mentiras gigantes
Desprezam o pecado
E se prendem à algum legado
Que devem deixar.
Da minha futura varanda
Esperando a vida
Passar com alguma
Vida nova.
Olhando as pessoas
Que andam sem ritmo
- pois perdem a trilha-
Olhando a mesmice
De todos os prédios, idênticos
Buzinas me azucrinam
Me atentam à alguém
Que passa - me procura?
Ou que não passa
De um Zé Ninguém
Ninguém que valha
Meros esforços
Físicos ou mentais.
Desgaste que vem
Com um piscar de olhos.
Que entregam aos céus
Suas mentiras gigantes
Desprezam o pecado
E se prendem à algum legado
Que devem deixar.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Um encontro transcedental
Me sinto ainda nos teus braços
Me inclino ainda ao meu desejo
E pareço estar imersa em sonhos
Quando lembro de teu efêmero beijo.
O que me trouxestes - a liberdade
Era tudo o que me faltava
Entendi toda a verdade
Cada vez que me tocava.
E nessa noite escondida
Compreendi suas mensagens
E sem entrar na minha vida
Levou consigo minhas bobagens.
Me inclino ainda ao meu desejo
E pareço estar imersa em sonhos
Quando lembro de teu efêmero beijo.
O que me trouxestes - a liberdade
Era tudo o que me faltava
Entendi toda a verdade
Cada vez que me tocava.
E nessa noite escondida
Compreendi suas mensagens
E sem entrar na minha vida
Levou consigo minhas bobagens.
Soneto pra um amor desconhecido
Nada sei disso tudo que sinto
-que se esconde atrás do que vejo.
Como pode apenas olhos bonitos
Me deixarem nesse grande desejo.
Mesmo só, sem mais nada pra dar
Me encontro preso, estagnado em segredo
E até me entrego pro mal do luar
Se assim conhecer o seu beijo.
Sei que tua lágrima me consome
E sei também, sem conhecer
Que tens um lindo nome.
Vou correndo pra te ver
-e nem sei direito aonde
Mas só paro ao ter você.
-que se esconde atrás do que vejo.
Como pode apenas olhos bonitos
Me deixarem nesse grande desejo.
Mesmo só, sem mais nada pra dar
Me encontro preso, estagnado em segredo
E até me entrego pro mal do luar
Se assim conhecer o seu beijo.
Sei que tua lágrima me consome
E sei também, sem conhecer
Que tens um lindo nome.
Vou correndo pra te ver
-e nem sei direito aonde
Mas só paro ao ter você.
Velório na beira de um mar
Não sei mais por onde
Andaras mostrando
Seus medos e prantos
Por onde será?
Que vais escrevendo
Memórias singelas
Das noites modernas
Imploro me diga
Se as falsas besteiras
Fizeram pro ontem
Um lindo velório
Na beira de um mar
E se seu canto lindo
E suas ondas - suas artes
Levaram-me ao mistério
Da morte esplêndida dos mares.
Andaras mostrando
Seus medos e prantos
Por onde será?
Que vais escrevendo
Memórias singelas
Das noites modernas
Imploro me diga
Se as falsas besteiras
Fizeram pro ontem
Um lindo velório
Na beira de um mar
E se seu canto lindo
E suas ondas - suas artes
Levaram-me ao mistério
Da morte esplêndida dos mares.
Importâncias desimportantes
Não me lembro do passado
E o presente é tão passageiro
Que nem sei quando é o futuro.
Numa vida de importunos
Mais vazios que as praças
Desertas; completas de nada.
Vou vivendo o que nem sei
Me perdendo em meras importâncias
Desimportantes; meramente, esquecidas.
E o presente é tão passageiro
Que nem sei quando é o futuro.
Numa vida de importunos
Mais vazios que as praças
Desertas; completas de nada.
Vou vivendo o que nem sei
Me perdendo em meras importâncias
Desimportantes; meramente, esquecidas.
Humildes agradecimentos
Agradeço às palavras
Por serem eternas.
Agradeço aos livros
Por não poderem
Me abandonar.
Nessa solidão compartilhada
- paradoxo linguístico?-
Agradeço, a cada página
Por me levar à rir
dessa vontade de chorar.
Por serem eternas.
Agradeço aos livros
Por não poderem
Me abandonar.
Nessa solidão compartilhada
- paradoxo linguístico?-
Agradeço, a cada página
Por me levar à rir
dessa vontade de chorar.
sábado, 10 de agosto de 2013
Não temos nome
Não temos muita poesia
Não temos muito o que ler
Não temos muito o que falar
Não precisamos escrever.
Não temos muito pra entender
Não temos muito pra comprar
Não temos muito aonde ir
Mas temos carros pra andar.
Não temos muita música pra ouvir
Não temos muita voz pra expressar
Não temos muitas casa pra morar
Mas temos muita fumaça,
fumaça escura, pra sufocar.
Não temos muito o que ler
Não temos muito o que falar
Não precisamos escrever.
Não temos muito pra entender
Não temos muito pra comprar
Não temos muito aonde ir
Mas temos carros pra andar.
Não temos muita música pra ouvir
Não temos muita voz pra expressar
Não temos muitas casa pra morar
Mas temos muita fumaça,
fumaça escura, pra sufocar.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Fez-se a fera, deu-se um grito
Rouba minha vida
Minhas nóias e meu dinheiro
Me entrega suas ideias
Sua atração e seus conceitos
No clarão de um dia frio
Na escuridão de um lindo nada
Me vens numa ilusão, que reflete
Os sonhos das enormes madrugadas
De ruas silenciosas, de choros contidos
O povo sem voz, num último suspiro
Enfrenta a realidade, aflora o extinto
Vejas não foi instinto, vejas não foi esquecido
Vê que o horizonte - que fora infinito
Esgotou-se da mentira, fez-se a fera, deu-se um grito
Minhas nóias e meu dinheiro
Me entrega suas ideias
Sua atração e seus conceitos
No clarão de um dia frio
Na escuridão de um lindo nada
Me vens numa ilusão, que reflete
Os sonhos das enormes madrugadas
De ruas silenciosas, de choros contidos
O povo sem voz, num último suspiro
Enfrenta a realidade, aflora o extinto
Vejas não foi instinto, vejas não foi esquecido
Vê que o horizonte - que fora infinito
Esgotou-se da mentira, fez-se a fera, deu-se um grito
Amor efêmero da vida
Venha mulher da vida
Me ensina o que tu tens
O que tu levas escondida
O que te faz entrar em êxtase
Me diga o que é.
Não sei nada dessa vida,
Vida
Mas capto solidão na sua conduta
Que leva o amor ao coração
Sólido, sádico, de mais um louco
Da Escuridão
Despreze o fruto da loucura
Como ela te despreza
Vem à mim despedaçada
Que retalho tuas angústias,
Que distraio os seus medos
E devolvo, receoso
O seu coração de pedra
Para não ver o sofrimento
Desses olhos, tão volúpios
Que se fecham, em meio ao gole
De mais um vinho ensanguentado,
Envenenado.
Me ensina o que tu tens
O que tu levas escondida
O que te faz entrar em êxtase
Me diga o que é.
Não sei nada dessa vida,
Vida
Mas capto solidão na sua conduta
Que leva o amor ao coração
Sólido, sádico, de mais um louco
Da Escuridão
Despreze o fruto da loucura
Como ela te despreza
Vem à mim despedaçada
Que retalho tuas angústias,
Que distraio os seus medos
E devolvo, receoso
O seu coração de pedra
Para não ver o sofrimento
Desses olhos, tão volúpios
Que se fecham, em meio ao gole
De mais um vinho ensanguentado,
Envenenado.
Postando pra viver
Os meus dedos estão presos
No que a mente quer dizer
Vivo pra postar meu medos
Posto pra gostar de viver.
No escuro do meu quarto
- mesmo com o ar quebrado
Prendo-me horas no amor
Que sinto pelo computador
Já perdi minhas palavras
Pego as suas emprestadas.
Escrevo tudo o que me vem
Escrevo tudo que nem sei.
E nem sei que horas são
Se são horas de dormir
E nem sei onde eles (tão)
- cadê o sorriso que imprimi?
Já perdi os meus amores
Já nem tenho mais as dores
Mas sou aquele rosto feliz
Que curte tudo o que você diz.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Versos infantis
Dos meus versos infantis
Extraio a bobagem de cada dia
Os amores do cotidiano
Que se ofuscam nessa correria.
Flores cortadas ao meio
Por serem ingênuas demais
Poesias desprezadas
Por rimarem sobre a paz.
Sem direitos sociais
Sem vontade pessoal
Destroem-se sonhos infantis
- Sem dinheiro e sem moral
Realidade de um menino
Tão menino quanto eu
Que vive pra morrer de fome
Que morre pra viver com Deus.
Extraio a bobagem de cada dia
Os amores do cotidiano
Que se ofuscam nessa correria.
Flores cortadas ao meio
Por serem ingênuas demais
Poesias desprezadas
Por rimarem sobre a paz.
Sem direitos sociais
Sem vontade pessoal
Destroem-se sonhos infantis
- Sem dinheiro e sem moral
Realidade de um menino
Tão menino quanto eu
Que vive pra morrer de fome
Que morre pra viver com Deus.
Revolta natural
As flores conversam comigo
Me dizem que algo não está como deve
Não posso dizer, mas, meu amigo
Me falam em mudar e que deve ser breve
As árvores gritam que estão desgastadas
E nem mais seus galhos estão à subir
Pois pássaros estão com muito mais medo
E de suas casas não querem sair.
E no leito do rio mais velho
Derrama-se o leite que ninguém mais quer
E a floresta encontra-se abandonada
E até (do) Curupira viraram o pé
Mas as flores já avisaram
E os animais já vão revidar
E quando o espinho matar último cravo
Nem pense, bicho homem, não vá reclamar.
Me dizem que algo não está como deve
Não posso dizer, mas, meu amigo
Me falam em mudar e que deve ser breve
As árvores gritam que estão desgastadas
E nem mais seus galhos estão à subir
Pois pássaros estão com muito mais medo
E de suas casas não querem sair.
E no leito do rio mais velho
Derrama-se o leite que ninguém mais quer
E a floresta encontra-se abandonada
E até (do) Curupira viraram o pé
Mas as flores já avisaram
E os animais já vão revidar
E quando o espinho matar último cravo
Nem pense, bicho homem, não vá reclamar.
Enchente de sentimentos
Nas águas que correm ruas
Jogo todo sentimento
Me obrigo a ser da lua
Pra não ver chover meu sofrimento.
Navego na desordem
Que a consciência me dedica
Procurando a solução
Para a dúvida que me abriga.
Mas não encontro resposta
- Já não sei mais nadar
E a água me sufoca
Digo sim e vou levando
Me abraço em culpa
E acabo me afogando.
Jogo todo sentimento
Me obrigo a ser da lua
Pra não ver chover meu sofrimento.
Navego na desordem
Que a consciência me dedica
Procurando a solução
Para a dúvida que me abriga.
Mas não encontro resposta
- Já não sei mais nadar
E a água me sufoca
Digo sim e vou levando
Me abraço em culpa
E acabo me afogando.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Estranha Realidade
Me iludo
Com a bobagem
De te ver sorrir.
Me excito
Com o brilho
Das flores do céu.
Me calo
Com a nobreza
De talvez perder.
Me engasgo
Com a aflição
De não saber porquê.
Me mato
Com a dor do fato
Da distância entre nós e as estrelas
Ser menos falada
Que a simples distância entra as pessoas.
Com a bobagem
De te ver sorrir.
Me excito
Com o brilho
Das flores do céu.
Me calo
Com a nobreza
De talvez perder.
Me engasgo
Com a aflição
De não saber porquê.
Me mato
Com a dor do fato
Da distância entre nós e as estrelas
Ser menos falada
Que a simples distância entra as pessoas.
Rap poético
Pra lembrar pro
Amigo que não quer se expor
De baixo de um cobertor
A vida já começou
O galo já corococô
Mas tudo bem, porque nada mudou
O mundo já se revoltou
O poder já não escutou
E a todo mundo já obrigou
E hoje o povo se apaixonou
Por não amar.
Amigo que não quer se expor
De baixo de um cobertor
A vida já começou
O galo já corococô
Mas tudo bem, porque nada mudou
O mundo já se revoltou
O poder já não escutou
E a todo mundo já obrigou
E hoje o povo se apaixonou
Por não amar.
24 horas
Sentado no conforto de um sofá
Observo a vida
Passar
Observo cada 24 horas ir
Sem voltar
Sem falar
E tudo tenho que fazer
Pois só tenho 24 horas
Que nao vão
Ficar
Que só querem
Passar
Que nao se importam em surpreender
À todos que nao param de
Desprezar
Cada hora preciosa
Que a vida tenta nos proporcionar
Vivendo vidas supérfluas
Uma maneira de se
Refugiar
Das questões que nao importam
Nesse mundo de (se)
Matar
E me agarro ao conforto
De um sofá
Vendo toda a futilidade de um dia
Ir
-e espero que à merda
Vá.
Observo a vida
Passar
Observo cada 24 horas ir
Sem voltar
Sem falar
E tudo tenho que fazer
Pois só tenho 24 horas
Que nao vão
Ficar
Que só querem
Passar
Que nao se importam em surpreender
À todos que nao param de
Desprezar
Cada hora preciosa
Que a vida tenta nos proporcionar
Vivendo vidas supérfluas
Uma maneira de se
Refugiar
Das questões que nao importam
Nesse mundo de (se)
Matar
E me agarro ao conforto
De um sofá
Vendo toda a futilidade de um dia
Ir
-e espero que à merda
Vá.
Retrato de uma separação
Pode ficar de mãos dadas
Sem problemas com a sua vida pessoal
Espero esteja feliz,
- So espero não esteja tão mal
Mas acontece que um dia
Você disse preu não me sentir só
E me deixou numa estranha vontade
De conhecer o mundo melhor.
Mas quando vi que partia e ia
Levar meu coração
A poesia no fundo escondida
Escrevi na sua mão
Nela eu te dizia que não vou parar de pensar em você
E que a saudade é mal
De quem não consegue esquecer.
E nos dias de chuva, agora sem você
Mais cinzentos que nunca, ninguém pra proteger
Aprendi a ser livre, mesmo não querendo ser
e aprendi a pensar em parar de pensar em você
Quando nasce o dia
Eu me mato ao afirmar
Que a noite não foi tão fria
Que o sol ainda sabe brilhar
Pois eu bem que sabia:
Mentindo à mim mesmo
é claro, eu conseguiria
Omitir a verdade do desejo.
Sem problemas com a sua vida pessoal
Espero esteja feliz,
- So espero não esteja tão mal
Mas acontece que um dia
Você disse preu não me sentir só
E me deixou numa estranha vontade
De conhecer o mundo melhor.
Mas quando vi que partia e ia
Levar meu coração
A poesia no fundo escondida
Escrevi na sua mão
Nela eu te dizia que não vou parar de pensar em você
E que a saudade é mal
De quem não consegue esquecer.
E nos dias de chuva, agora sem você
Mais cinzentos que nunca, ninguém pra proteger
Aprendi a ser livre, mesmo não querendo ser
e aprendi a pensar em parar de pensar em você
Quando nasce o dia
Eu me mato ao afirmar
Que a noite não foi tão fria
Que o sol ainda sabe brilhar
Pois eu bem que sabia:
Mentindo à mim mesmo
é claro, eu conseguiria
Omitir a verdade do desejo.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Escuridão dos Surdos e Mudos
Na discórdia de um dia
Me encontro surdo e mudo
Vendo cegos pelos ares
Que se desencontram nesse (i)mundo
Não escuto o que eles dizem
Mas posso ver que algo gritam
Ninguém se reconhece
Nos discursos em que habitam.
Pois vivemos na escuridão
E somos todos surdos e mudos
E nos esforçamos todo dia
Pra nos mantermos nesse poço fundo.
Me encontro surdo e mudo
Vendo cegos pelos ares
Que se desencontram nesse (i)mundo
Não escuto o que eles dizem
Mas posso ver que algo gritam
Ninguém se reconhece
Nos discursos em que habitam.
Pois vivemos na escuridão
E somos todos surdos e mudos
E nos esforçamos todo dia
Pra nos mantermos nesse poço fundo.
Brilhos sem cor
Mais nada pra falar
Resolvi me calar.
Na penumbra de uma noite
Sorrateira e ofegante
Que esquenta o coração
E não me deixa mais dormir
Pois o frio que me vem
É o medo de sair
Pra uma noite tão discreta
Que me injeta o desprezo
Em pensar que a vaidade
Não se cansa de vagar
Pela noite tão deserta
Que procura nos mostrar
Que vaidade é tão inútil
Pois a Lua que é algo mais
Nesse mundo de matar
E que seu brilho é bem maior
Que toda a vontade de brilhar.
Resolvi me calar.
Na penumbra de uma noite
Sorrateira e ofegante
Que esquenta o coração
E não me deixa mais dormir
Pois o frio que me vem
É o medo de sair
Pra uma noite tão discreta
Que me injeta o desprezo
Em pensar que a vaidade
Não se cansa de vagar
Pela noite tão deserta
Que procura nos mostrar
Que vaidade é tão inútil
Pois a Lua que é algo mais
Nesse mundo de matar
E que seu brilho é bem maior
Que toda a vontade de brilhar.
Seu prazer tão indecente
Na escuridão do mar à noite
Me faço ver o que queria
Brilha a flor Branca, tão bonita
Que vem trazer a alegria
No sorriso dela, flor
Vejo mistério, vejo cor
Afogada em poesia
Flor tem cheiro de amor
No teu beijo quero ver
Se és sim tão diferente.
No seu corpo conhecer
Um prazer tão indecente.
Me faço ver o que queria
Brilha a flor Branca, tão bonita
Que vem trazer a alegria
No sorriso dela, flor
Vejo mistério, vejo cor
Afogada em poesia
Flor tem cheiro de amor
No teu beijo quero ver
Se és sim tão diferente.
No seu corpo conhecer
Um prazer tão indecente.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Um dia de solidão
De manhã, logo cedo
Algo vem me acordar
Será sorte, será medo?
Chega pra me calar.
As horas passam tão rápidas
Que parecem nem se ver
E o silêncio me assusta tanto
Que nem vi o sol morrer.
A escuridão me indica
Que a lua já chegou
Trouxe toda sua beleza,
Diz que se apaixonou.
E o amor que vem com ela
Me faz querer gritar solidão,
Mas nada sai da minha boca
- A não ser a fumaça,
[que veio limpar meu coração]
Algo vem me acordar
Será sorte, será medo?
Chega pra me calar.
As horas passam tão rápidas
Que parecem nem se ver
E o silêncio me assusta tanto
Que nem vi o sol morrer.
A escuridão me indica
Que a lua já chegou
Trouxe toda sua beleza,
Diz que se apaixonou.
E o amor que vem com ela
Me faz querer gritar solidão,
Mas nada sai da minha boca
- A não ser a fumaça,
[que veio limpar meu coração]
Cegos não falam
Enquanto cegos procuram por vida,
Ele segue sentado em seu trono.
Os berros parecem mudos
Ao ouvido dos que não são surdos.
Pode até haver protesto, briga e greve
Pois uns cegos já O ensinaram
E o botão do mute não O deixa entender:
"O que pode, todos esses cegos, querer?
Se eles não veem, nem falam?
não podem dizer que não querem mais!"
-Mas e nesses dias, então, que ousam discordar?
"ah não importa, são todos meros marginais."
Ele segue sentado em seu trono.
Os berros parecem mudos
Ao ouvido dos que não são surdos.
Pode até haver protesto, briga e greve
Pois uns cegos já O ensinaram
E o botão do mute não O deixa entender:
"O que pode, todos esses cegos, querer?
Se eles não veem, nem falam?
não podem dizer que não querem mais!"
-Mas e nesses dias, então, que ousam discordar?
"ah não importa, são todos meros marginais."
Olho que brilha no escuro
Olho que brilha no escuro
E se esconde na claridão
Que assusta tal pupila
Que se prende em solidão
Abra-te a lente
Para que todos possam ver
A cor que não te faltas
Mas que não deixas ninguém ter.
Mostre toda a sua vida
E compreenda a alegria
De não chorar ao anoitecer
Olho lindo e inocente
dilata-se ao infinito
e me conte o que vê.
E se esconde na claridão
Que assusta tal pupila
Que se prende em solidão
Abra-te a lente
Para que todos possam ver
A cor que não te faltas
Mas que não deixas ninguém ter.
Mostre toda a sua vida
E compreenda a alegria
De não chorar ao anoitecer
Olho lindo e inocente
dilata-se ao infinito
e me conte o que vê.
O voo da Asa Branca
Luiz Gonzaga manda avisar
Que a Asa Branca só poderá voar
Quando o Nordeste inteiro cantar
E num impulso dançar
Ao som do Baião
Que deverá se misturar
Entre samba rock e afins
Mas só quando o Tio Sam pegar no tamborim
Pede para Geraldo se acalmar
Que quando o Dia Branco chegar
Será, definitivamente, proibido
Proibir.
E, alegria, alegria, todo mundo vai sorrir
Ao Gil escrever que tudo é Divino Maravilhoso
E isso, da Gal, todos ouvir (Ein?!)
Novos Baianos vão lutar
Pra Asa Branca voar
E vão se acabar de misturar
O Baião e o samba-rock da história
E só não há de gostar
Quem não for brasileiro nessa hora
Pois num bilhete pra didi,
Gritará o mistério da Nação Zumbi
Que junto com Chico Science
O Maracatu Atômico fará explodir
No bico do beija flor
Chegará a imensa gratidão
De ver a Asa Branca
Batendo asas de volta pro Sertão.
Que a Asa Branca só poderá voar
Quando o Nordeste inteiro cantar
E num impulso dançar
Ao som do Baião
Que deverá se misturar
Entre samba rock e afins
Mas só quando o Tio Sam pegar no tamborim
Pede para Geraldo se acalmar
Que quando o Dia Branco chegar
Será, definitivamente, proibido
Proibir.
E, alegria, alegria, todo mundo vai sorrir
Ao Gil escrever que tudo é Divino Maravilhoso
E isso, da Gal, todos ouvir (Ein?!)
Novos Baianos vão lutar
Pra Asa Branca voar
E vão se acabar de misturar
O Baião e o samba-rock da história
E só não há de gostar
Quem não for brasileiro nessa hora
Pois num bilhete pra didi,
Gritará o mistério da Nação Zumbi
Que junto com Chico Science
O Maracatu Atômico fará explodir
No bico do beija flor
Chegará a imensa gratidão
De ver a Asa Branca
Batendo asas de volta pro Sertão.
Rosto Pintado
Pequena menina
Da boca bonita
Do rosto pintado
De cor e de vida
Te escrevo uma carta
Na folha da rosa
Que me prende ao esforço
De tocar-te a alma
Renovando o amor
Em cada alvorecer
Pregado ao desejo
De sempre estar com você
Me vejo ao teus pés,
Pequena menina,
E imploro pelo prazer
De conhecer a sua sina.
Da boca bonita
Do rosto pintado
De cor e de vida
Te escrevo uma carta
Na folha da rosa
Que me prende ao esforço
De tocar-te a alma
Renovando o amor
Em cada alvorecer
Pregado ao desejo
De sempre estar com você
Me vejo ao teus pés,
Pequena menina,
E imploro pelo prazer
De conhecer a sua sina.
Joe Johnny
Não vale tentar,
Se tem que entender.
Pois quando errar,
Pagará por merecer.
Se pode amargar
A dor de sonhar.
Pode até parecer que daria pra ser,
Mas o que ficou,
não pode morrer.
Eu olho pra trás:
Atiro em meus erros,
Me pego ao desprezo
De ser quem sou.
Projeto a realidade
Que tanto tento esquecer
Ela diz que tudo é em vão
e que o pra sempre nunca pode viver.
Se tem que entender.
Pois quando errar,
Pagará por merecer.
Se pode amargar
A dor de sonhar.
Pode até parecer que daria pra ser,
Mas o que ficou,
não pode morrer.
Eu olho pra trás:
Atiro em meus erros,
Me pego ao desprezo
De ser quem sou.
Projeto a realidade
Que tanto tento esquecer
Ela diz que tudo é em vão
e que o pra sempre nunca pode viver.
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